Alfabetização: 40% das nossas crianças "alfabetizadas" não sabem ler.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Quando uma pessoa se diz alfabetizada nós esperamos que ela saiba ler e escrever, porem quando olhamos para as nossas crianças nós nos surpreendemos. No primeiro semestre foi aplicada uma prova para as crianças que se formaram do 3º ano do ensino fundamental e o resultado mostrou que cerca de 40% não aprenderam o que é esperado de alunos nessa fase da escolaridade, a prova foi aplicada para os alunos de escolas publicas e particulares.

Nas escolas o resultado é um pouco melhor, mas ainda não é o ideal. Cerca de 86% dos alunos atingiram o objetivo esperado, mas nessa idade 100% das crianças deveriam ser capazes de ler e escrever plenamente.

Quando tentamos descobrir os motivos desses resultados tão fracos, que mostram que o futuro das crianças já está em certa parte comprometido, percebemos que a culpa é a falta de padrão no ensino brasileiro. Existe sim a historia de que cada pessoa aprende em um ritmo diferente, com uma facilidade diferente, mas mesmo assim se ela passou de ano ela tem que estar apta a enfrentar o que será cobrado dela no futuro, e o resultado mostra que elas não estão.

O Rio de Janeiro já da uma resposta imediata a esse problema, cerca de 10.500 alunos estão sendo realfabetizados alunos da 4ª, 5ª e 6ª serie. Em São Paulo também foram adotadas medidas de reforço para os alunos do 3º e 4º ano, com aulas de reforço para que os alunos com dificuldades tenha um acompanhamento mais próximo.

Enfim, a nossa guerra pelo futuro dos nossos alunos esta apenas começando e nos estamos perdendo. Precisamos ficar de olhos abertos para que cada vez mais os nossos lideres usem da forma mais correta e eficiente possível o dinheiro que nós mandamos paras todos os meses, os nossos filhos, netos, alunos merecem essa fiscalização e atenção.

Enem: repetindo o erro

segunda-feira, 31 de outubro de 2011


No ano de 2009 o Ministério da Educação tentou aumentar a importância do ENEM para os estudantes, tornando-o um pouco mais difícil, muito mais longo, para que ele substituísse o vestibular de algumas universidades. Até aí, a intenção de unificar as provas foi boa, porém, poucas universidades aderiram a essa mudança. A maioria aceita o ENEM para compor nota, outras, usam como a primeira fase, mas pouquíssimas como o vestibular de fato. Com essa mudança, surgiram alguns problemas: Se o ENEM é tão importante assim as pessoas que têm acesso às provas devem ser de extrema confiança.

Infelizmente pelo que vimos nos últimos três anos as pessoas não são de confiança alguma já que nos últimos três anos tivemos problemas com as provas:

2009 – A prova foi roubada e oferecida a um jornalista. O Enem foi cancelado um dia antes de acontecer prejudicando cerca de quatro milhões de estudantes e atrapalhando todo o calendário de vestibulares.

2010 – Problemas um pouco menos graves, mas que não podem acontecer em uma prova que quer substituir todos os vestibulares em âmbito nacional. A impressão de um caderno de prova estava completamente mal feita. Depois por falha de comunicação, o Inep chamou os 9500 alunos para refazerem a prova, e provando a falta de confiança que os alunos têm no órgão, quase 50% dos alunos não compareceram para fazer a prova.

2011- Finalmente quando nós pensávamos que os organizadores tinham aprendido com os erros dos anos anteriores, eles mostram a incompetência deles mais uma vez e provam que são muito mais incapazes do que nós imaginávamos. Todo ano o MEC faz um pré-teste para avaliar as questões que irão para o banco de questões e que ocasionalmente irão ser usadas nas provas do ENEM, esse banco tem mais de 20mil questões. Os colégios que participam deste pré-testes são sorteados e cada aluno responde a 384 questões. Isso em 2010, para algumas questões serem usadas no Enem de 2011. Agora, vem a parte interessante. Um colégio de Fortaleza, participou do pré-teste, fez um simulado para os seus alunos treinarem para o Enem. Nesse simulado, havia 14 questões que caíram no Enem deste ano.

Agora, os alunos desse colégio em Fortaleza deverão refazer a prova nos dias 28 e 29 de novembro, o que não é muito efetivo, já que ninguém pode ter certeza que apenas os alunos dessa escola tiveram acesso às questões. De qualquer forma, não importa ficarmos pensando no que o MEC deve fazer com esses alunos, mas sim no que deve ser feito para o futuro. Enquanto não tivermos pessoas competentes cuidando da educação e do futuro dos nossos jovens o nosso país estará condenado.

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